Foi-se o tempo em que 16GB era suficiente para qualquer pessoa em termos mobile, há menos de quatro anos os dispositivos costumavam vir com menos de 1GB de memória interna (exceto os iDevices) e até mesmo os modelos de smartphones mais caros não contavam com nada superior a 4GB. Pois bem, pra quem tem alguns modelos como o LG G3 brasileiro, isso ainda pode ser um problema, já que muitas fabricantes preferem trazer uma versão mais barata do dispositivo cortando seu armazenamento interno, e todo mundo sabe que expansão via MicroSD não é lá isso tudo.
Hoje em dia o padrão usado em smartphones para o armazenamento de dados é o disco flash, é o mesmo mecanismo visto em SSDs, Pendrives e até mesmo “cartões de memória” porém com uma velocidade de leitura e gravação melhor, além de sobreviverem por mais tempo. Mesmo assim um grande problema que persiste até hoje é o limite de armazenamento possível para esses aparelhos tão pequenos. Se você observar um SSD mesmo dos mais baratos, de 80GB, notará que ele tem um tamanho relativamente grande perante um smartphone, aí mora o desafio do mercado atual, entregar espaços colossais de memória enquanto a tendência do design são aparelhos cada vez mais finos e leves.
Porém uma resposta muito promissora a tudo isso é um susposto novo tipo de memória ROM que conseguiria funcionar de forma tão ágil comparada aos chips Flash e ainda assim ocupar um espaço muito menor nos aparelhos, reduzindo além do problema de memória, problemas de superaquecimento, espaço, e é claro: espessura. Esse tipo de memória está sendo chamado de ReRAM, ou RRAM que vem de “Resistive RAM”, a forma como os dados seriam armazenados é similar a da RAM comum, porém neste caso, os chips guardariam os dados mesmo sem suprimento de energia.
O grande impasse para a adoção do RRAM tem sido por anos o método de produção desse tipo de hardware, muitas vezes exige métodos de fabricação caros e complicados, por isso a indústria do ramo se restringe a um mercado que só trabalha com chips RRAM. Porém, uma pesquisa comprovou que ao incluir uma cama de dióxido de silício com pequenos furos de 5nm cada, e incluir esse sistema dentre duas lâminas de metal, é possível transformar esse metal em eletrodos, fazendo com que você tenha um método simples e muito barato de se produzir chips RRAM. A forma como a troca de dados funciona é muito similar a sinapse, o processo que o cérebro usa para armazenar informações.
Os planos para adoção em massa do RRAM não tem data de início, porém, esse novo método de fabricação reduz além dos custos, o tamanho final do chip, e isso permite muito mais alocações de memória por chip produzido, daí vem o sonho de smartphones com 1TB de memória interna. Como dito, não há nenhum plano ou projeto para a implementação da tecnologia, mas o seu maior problema foi aparentemente solucionado.
Fonte(s): MIT Technology and Search
Via: Tecnoblog
Discussão sobre esse post